Friday, December 26, 2014

34 graus



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Ano (velho + novo)

      Aprendi tanto esse ano, mas tanto tanto tanto. Tantas coisas sobre tantas coisas e pessoas e eu mesma. Foi só aula. Esses últimos três anos foram paft boom tam tam pow splat ka-boom e mais paft paft paft - essas três últimas repetidamente na minha estimada face, tipo acorda, segura a barra, é isso aí, a vida é assim mesmo, respira fundo e vai em frente. Levanta, sacode etcetera e tal. Teve também vários thank thank thank, som da minha bunda batendo no chão devido a puxadas de tapete, a decepções e a insights diversos. Ou seja, uma universidade e tanto, e de graça, que nem a USP (!). Concluindo, foi um ano daqueles, certamente igual ao de muita gente, e cheguei ao final dele de pé, limpinha, cheirosinha, e inteira. Encarei as barras todas e com mais ou menos aplomb passei por elas sem grandes estragos. 
      Pro ano que vem só quero coragem de aceitar as aventuras escolhidas ou impostas, se algum problema de saúde aparecer que possa ser solucionado com pílulas e que as pessoas se comportem com um mínimo de decência, fazendo de conta que somos todos finos e honestos e principalmente bem educados. 
      Continuo me achando uma sortuda por várias razões, mas às vezes sucumbo ao apelo irresistível da auto-piedade. Passa rápido, depois de uma gangorra de raivas e tristezas. Cada vez mais aceito que a felicidade só aparece em raros instantes, e realmente é como a pluma. Ficar correndo atrás dela é uma fria; o que vale é se manter ocupada, encher os dias com atividade e projetos e coisas a serem feitas. 
      Nossa passagem tão rápida pela vida não significa nada, sou uma entre bilhões, em um planeta diminuto em uma galáxia ali na beira do gigantesco universo. Isso não me incomoda nem um pouco, pelo contrário, faço calmamente parte dessa imensidão sem precisar de explicações espirituais; me sinto à vontade sendo poeira de estrelas, átomos de carbono, com meus elétrons e prótons e neutrons, e sabendo que a única coisa que me separa do ar que me rodeia é a carga dos meus elétrons. Não há barreira entre o que sou eu e o que é o resto do mundo. Isso é uma coisa tão linda e majestosa que me emociono toda vez que penso nisso. A mesa, eu, o vento, o beija-flor, o avião lá no céu, somos todos uma coisa só, feitos do mesmo material, uma imensa sopa de átomos. Ninguém é melhor ou pior: todos somos a vida, juntos. O resto é detalhe, e ainda mais passageiro. Não há drama que resista à ciência.      



Tuesday, December 23, 2014

Pois é...

Migrei. Mudei. Descompliquei.
O outro era mais sofisticado, eu concordo. Mas por causa de razões técnicas eu não conseguia mantê-lo sozinha. Precisava ficar pedindo pro genro (extraordinaire). Então resolvi que o que vale é o conteúdo mesmo, então migrei pro Blogger, que é mais fácil e não preciso encher o pobrecito do genro (extraordinaire). Um dia espero ficar velhinha e vou ter que encher mesmo sem querer, então vamos poupar a boa vontade da família...